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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Cartas para o meu amor I – “O teu veneno”

Escrevi um mundo de letras, tentei dizer que te amava. Disse, várias vezes, que você era o amor da minha vida; disse outras mais vezes que você partiu o meu coração. Desculpe-me por ter me apaixonado, e lhe perdôo por ter me iludido. Já não sou mais quem você quis – isso se você um dia realmente me quis. Fraquejei ao declarar amor, era cedo demais; porém já é tarde demais para dizer que não me apaixonei. O meu erro foi querer você mais perto de mim; meu erro foi achar que os meus sentimentos nos sustentariam. Perdi grande parte dos meus dias achando que você viria me buscar num corcel alado, que iria me levar ao seu paraíso, que faria de mim a sua Eva. Queria que me provasse e que viciasse em mim. Porém, conseguistes o mais difícil: fazer-me provar do seu veneno. Este correu pelas minhas veias – comecei a morrer deliciosamente confortável nas suas palavras. Meu coração batia cada vez mais rápido e forte na sua presença; seu veneno se espalhou pelo meu corpo, chegou a minha cabeça mais devastador do que os ventos do Norte. Carregou minhas prioridades, me fez apenas querer o seu corpo junto ao meu. Continuei a pensar que o calor do seu corpo, o toque áspero dos seus dedos pela minha suave pele me arrancaria da amarga realidade e assim viveríamos a nossa utopia. Mas isso tudo foram apenas os sintomas da sua doença no meu sangue – seu veneno. Padeci, e ainda sofro, tentando de todas as formas desintoxicar-me, mas seu veneno ainda insiste em acabar comigo pouco a pouco. Quanto mais me afasto, mais sinto tua falta. Se voltar a me aproximar, paulatinamente vou morrendo. Meu corpo grita pelo seu, meu coração clama delicadamente por seu amor, porém meu ser implora para que haja um antídoto contra o teu veneno – alguma forma de acabar com esse estranho sentimento.
Crônica escrita por Alba Assis. Se copiar, credite. Se não, eu vou rezar por você! (se você não entendeu, clica aqui e morra de rir ;)

Nota: as "cartas" são apenas crônicas. Não tem remetente e nem referente. Tentem ver o amor da mesma forma que eu: o sentimento transformado em pessoa física. Mais uma vez, se usar, credite.

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